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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Cigarro não combina com a saúde do planeta. Nem com a sua.

"Basta manter um cigarro aceso para poluir o ambiente. A fumaça do cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo arsênico, amônia, monóxido de carbono (o mesmo que sai do escapamento dos veículos), substâncias cancerígenas, além de corantes e agrotóxicos em altas concentrações. Imagine a quantidade de toxidade que várias pessoas fumando deixam no nosso Planeta".

O Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, é uma data que tem como objetivo divulgar para população os perigos do uso do tabaco, as estratégias das companhias para seduzir os jovens a iniciar no tabagismo, as ações que a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolve para controlar a epidemia do tabagismo no mundo, assim como o que a sociedade pode fazer para reivindicar o seu direito à saúde e à vida saudável e proteger as gerações presentes e futuras. A data foi criada em 1987, pela OMS.

Para as ações deste ano, a OMS escolheu o tema “A Interferência da Indústria do Tabaco”. O Brasil adaptou a abordagem para o contexto nacional, enfocando os danos causados ao longo da cadeia de produção do tabaco ao meio ambiente e à saúde da população, como o uso agrotóxicos que agridem ecossistemas e fumicultores, desmatamento, trabalho adolescente e infantil, danos à saúde da população, como a dependência química à nicotina e o fumo passivo e, por consequência, o aumento do risco para o desenvolvimento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), como Acidente Vascular Encefálico, infarto e diversos tipos de câncer. Daí, a escolha do tema nacional: “Fumar: faz mal pra você, faz mal pro planeta”.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Atividade elétrica do masseter durante a deglutição após laringectomia total

Leandro de Araújo Pernambuco; Hilton Justino da Silva; Gerlane Karla Bezerra Oliveira Nascimento; Elthon Gomes Fernandes da Silva; Patrícia Maria Mendes Balata; Veridiana da Silva Santos; Jair Carneiro Leão

Resumo: A laringectomia total é um procedimento cirúrgico que pode promover alterações na biomecânica da deglutição, inclusive na atividade do músculo masseter, que atua promovendo estabilidade mandibular. Objetivo: Caracterizar a atividade elétrica muscular do músculo masseter durante a deglutição em laringectomizados totais. Estudo de série. Material e Método: A avaliação eletromiográfica foi realizada com a deglutição de três diferentes volumes de água (14,5 ml, 20 ml e 100 ml), e na situação de repouso. O sinal foi normalizado pela máxima atividade voluntária resistida (MAVR), considerada como 100% de atividade elétrica muscular. Todos os outros valores foram calculados como percentagem da MAVR. Resultado: Existe moderada atividade elétrica muscular do masseter durante a deglutição, com maiores médias no lado esquerdo. Não há diferenças entre as deglutições de 14,5 ml e 20 ml. A deglutição de 100 ml apresentou as menores médias nas tarefas de deglutição. Houve presença de sinais eletromiográficos no repouso bilateralmente, indicando a existência de atividade elétrica nessa situação. Conclusão: Laringectomizados totais apresentam atividade elétrica do músculo masseter durante a deglutição e no repouso. Essa atividade sofre influência do volume de líquido deglutido, apresentando diferença significativa entre as tarefas solicitadas. Clinical Trials: NCT01095289.

Palavras-chave: deglutição, eletromiografia, músculo masseter, neoplasias laríngeas, transtornos de deglutição.

Texto completo em: http://www.rborl.org.br/conteudo/acervo/print_acervo.asp?id=4208

Study of sensory-motor and somatic development of the offspring of rats (Wistar) treated with caffeine

Elthon Gomes Fernandes da Silva; Alessandro Aires Alexandre; Gerlane Karla Bezerra Oliveira Nascimento; Jaciel Benedito de Oliveira; Elizabeth da Silveira Neves; Austregézilo Vieira da Costa Sobrinho; Maria de Fátima Galdino da Silveira

Anatomy Department, Center of Biologic Science, Federal University of Pernambuco


ABSTRACT

The influence of caffeine, administered to rats, on the somatic and sensory-motor development of the offspring was investigated. Female Wistar rats were divided into a control group and a treated group and received drinking water and a 0.1% solution of caffeine orally, respectively. The offspring, also divided into a control group and a treated group, received daily monitoring until the 20th day of life to verify alterations in somatic neural development. The offspring of the treated group had reduced weight on the day of birth and on the 1st, 5th, 15th and 20th days of life; shorter snout-anus length (evaluation done daily); shorter snout-tail length on the day of birth and on the 1st, 5th and 10th days of life, and signs of retardation of somatic and sensory-motor maturation. These results allowed the conclusion that administration of caffeine to rats affects somatic and sensory-motor development of offspring.

Uniterms: Caffeine/effects. Postnatal development. Central nervous system/stimulants.

Texto completo em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-82502009000400019

Implante coclear – tecnologia a serviço do paciente

Popularmente conhecido como “ouvido biônico”, aparelho pode devolver ao deficiente a capacidade de comunicação.

A Organização Mundial da Saúde estima que 10% da população do planeta sofrem de deficiência auditiva. Só no Brasil, são 15 milhões de pessoas convivendo com o problema. Desses, 350 mil têm deficiência auditiva severa.


Muitas destas pessoas não conseguem se beneficiar do uso de aparelhos auditivos ou de intervenções cirúrgicas no ouvido médio. Nesses casos, uma boa alternativa é o implante coclear, também conhecido como “ouvido biônico”. Trata-se de um aparelho eletrônico inserido cirurgicamente na orelha interna, capaz de realizar as funções das células ciliadas lesadas ou ausentes da cóclea, através do estímulo elétrico das fibras remanescentes no nervo auditivo. 

Cirurgia

A cirurgia demora de 2 a 3 horas. O médico especialista realiza uma incisão atrás da orelha de aproximadamente 4cm e faz uma pequena depressão (nicho) na região mastóidea do osso temporal atrás da orelha, para manter o implante coclear em posição. Um feixe de eletrodos é inserido na cóclea através de cocleostomia, (um pequeno orifício) junto à janela redonda (uma estrutura anatômica do ouvido interno). A flexibilidade do feixe de eletrodos diminui os danos durante a inserção e favorece a adaptação à forma espiralada da cóclea. A técnica usada é uma cirurgia chamada mastoidectomia com timpanotomia posterior. O que tem variado é a incisão. “Temos feito incisões por volta de 3 a 4 centímetros, o que dá um acesso perfeito e evita complicações de retalhos, infecção ou descolamento de tecidos menores”, explica Dr. Luiz Augusto de Lima e Silva, otorrinolaringologista da equipe de implante coclear do Hospital Samaritano, em São Paulo. Antes era realizada uma a incisão na região retroauricular, em forma de "C", de aproximadamente 15 centímetros.




Com a incisão menor, o número de pontos foi reduzido, o que torna o pós-operatório mais confortável. Atualmente, a maioria das cirurgias dos implantes é realizada em crianças. Outro aspecto positivo é a sutura que não necessita da retirada de pontos. “Muitas vezes não se pode interagir com a criança e explicar a necessidade da retirada dos pontos”, diz Dr. Orozimbo A. Costa, que realiza cirurgia de implantes cocleares há mais de 10 anos no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP, em Bauru, conhecido como Centrinho e, há um ano, implantou também este serviço no Hospital Samaritano em São Paulo.
A operação é feita em um dos ouvidos e a cicatrização ocorre em um período de 3 a 5 semanas.

Grupos de Trabalho

Uma vez realizado, o paciente permanecerá com o implante até o final da vida. É fundamental que haja um grupo de profissionais de várias áreas para dar assistência constante ao implantado, antes e depois da operação. “O paciente tem que estar vinculado a um determinado grupo ou instituição porque ele vai ter que realizar periodicamente o mapeamento de eletrodos”, explica Orozimbo. No primeiro ano, o paciente volta de 3 em 3 meses. Depois disso, o intervalo é de 6 meses.


“Existem, no Brasil inteiro, médicos habilitados a fazer a operação, desde que tenham acesso à técnica. A dificuldade maior do cirurgião é formar e coordenar o grupo que vai trabalhar com ele. Sozinho não pode resolver tudo – a cirurgia é um dos passos do programa”, ressalta Luiz Augusto.


Além de uma estrutura hospitalar satisfatória para a realização de um implante coclear, são necessárias equipe multidisciplinar, composta de médicos otorrinolaringologistas (realizam a cirurgia e coordenam a equipe), radiologistas, clínicos gerais, pediatras e neuropediatras (em caso de cirurgias em crianças) e equipe multiprofissional de apoio, constituida de profissionais de fonoaudiologia, assistentes sociais, psicólogos, enfermagem, entre outros. Cada um tem um papel fundamental e bem definido (Veja quadro).


A presença do fonoaudiólogo é indispensável. Contribuem (e muito) para o sucesso da cirurgia.

Atualmente é delegado aos fonoaudiólogos fazerem a ativação do equipamento após a cirurgia e o mapeamento dos eletrodos. Participam, também, dentro de seu campo específico, da reabilitação. “Após a cirurgia, o paciente retorna para a ativação e faz o mapeamento dos eletrodos. Este processo determina qual o nível de corrente elétrica que passará em cada eletrodo para que o paciente consiga ter a sensação auditiva, favorecendo o desenvolvimento de fala e audição. E, a cada retorno esses níveis, quando necessário, são alterados. Testes de audiometria e percepção de fala são feitos paralelamente”, explica Ana Cláudia de Freitas Martinho, fonoaudióloga da equipe de Orozimbo.

No mapeamento são estabelecidos o estímulo mínimo perceptível e o máximo tolerável para cada implantado. As repetições de ajustes são necessárias porque o nervo auditivo se adapta progressivamente aos estímulos e o cérebro leva um tempo para interpretar esses novos sinais.


Além desse trabalho, fonoaudiólogos também participam da avaliação de candidatos ao implante. Antes do médico indicar a cirurgia, um diagnóstico preciso dos problemas de audição é realizado, com exame otorrinolaringológico completo e testes auditivos. Após essa etapa, todos os candidatos são testados em relação ao uso de aparelhos convencionais e somente aqueles que não se beneficiam do seu uso serão, de fato, candidatos ao implante.


Seleção


A possibilidade do “ouvido biônico” faz com que muitos procurem o implante coclear. Existem até casos curiosos de pessoas que ouvem perfeitamente bem, afirmam que têm deficiência auditiva e pedem para ser implantadas. “Hoje temos recursos para afirmar se o paciente escuta bem”, garante Orozimbo.


Em pacientes com perda unilateral da audição, o implante não é recomendado. A indicação primordial é que o paciente tenha perda auditiva bilateral e de que a recuperação parcial da audição não seja possível com aparelhos convencionais. Atualmente, recomenda-se a operação apenas para indivíduos que não conseguem entender mais do que 40% das sentenças. Há 4 anos, recomendava-se para quem não ouvia nada.


Os critérios para seleção de pacientes ao implante coclear passam por aspectos médicos, psicológicos e sociais. O processo varia em função da própria equipe. Hospitais universitários e privados têm diferentes prioridades - o peso da condição social do paciente é muito maior em serviços que operam gratuitamente.


Existem outros aspectos a serem observados. O ideal é que o tempo de privação auditiva do paciente seja o mais curto possível – caso contrário, a expectativa em relação aos resultados deve ser menor. A idade mínima estabelecida pela FDA para o implante é 1 ano. A idade ideal é de 1 ano a 1 ano e 6 meses. “Essa criança operada, com o acompanhamento correto, provavelmente vai ter uma vida normal”, avalia Orozimbo.


Com 5 anos de idade, o tempo de privação já é bastante prolongado. Na adolescência, a aprovação precisa vir do próprio paciente. Se ele já foi oralizado, entende alguma coisa ou usa a linguagem oral como forma de comunicação, pode ser candidato, pelos critérios atuais.


De maneira grosseira, o tempo de privação pode ser comparado com a idade em que se decide aprender uma nova língua: quanto mais cedo o indivíduo é apresentado ao “idioma”, melhor é sua capacidade de comunicação. Isso porque a privação sensorial auditiva leva a modificações morfológicas no sistema nervoso central. Os neurônios passam por alterações e a plasticidade cerebral, após o implante, se constitui de forma muito mais eficaz quando o tempo de privação for menor. Caso contrário, o implante envia impulsos, mas o cérebro não os decodifica tão bem como poderia.


Existem impedimentos para a realização do implante coclear: a ausência de nervos auditivos, infecções no ouvido ou ausência de cóclea por má formação. É fundamental que a criança esteja com todas as vacinas em dia. A condição psicológica do paciente e de sua família também é avaliada. “A família é fundamental. Se ela não se envolver no tratamento, não adianta operar”, diz Orozimbo.


Credibilidade


A postura da família em relação ao implante coclear multicanal mudou muito. Quando a cirurgia começou a ser realizada no Brasil, há cerca de 12 anos, o receio dos pais era grande. Orozimbo diz que esse quadro mudou radicalmente. “O importante é que, nesse período, conseguimos fazer com que o implante coclear conquistasse credibilidade. Isto significa bons resultados e um mínimo de complicações”.

Se existem aqueles com expectativas muito elevadas, em relação à cirurgia, ainda existem os que têm medo. Orozimbo diz que, graças à credibilidade conquistada, há uma tendência cada vez maior de que os pais aceitem o implante. “Hoje os pais querem operar os filhos. Algumas vezes, chegam a quase ‘forçar’ uma indicação dos médicos”.

Grupos de implantados trocam experiências e isso muitas vezes é motivo de tomada de decisão. Além disso, o acesso à informação é muito maior - muitos consultam a Internet e especialistas para saber o que é exatamente o implante coclear.


Entre os adultos a aceitação é mais rápida. Eles são responsáveis pela decisão e os maiores conhecedores dos problemas que enfrentam por causa de sua deficiência auditiva.


Resultados

Não é à toa que o implante coclear é conhecido popularmente como “ouvido biônico”. Com ele, o deficiente passa a identificar sons agudos, onde estão as consoantes. Geralmente, as expectativas em relação aos resultados são muito grandes.


“Não podemos fazer prognóstico de indivíduos, mas de grupos da mesma idade. Em crianças operadas com um ano de idade, por exemplo, a maioria vai ter um desenvolvimento lingüístico normal. Estatisticamente, quanto mais nova a criança, quanto menos tempo de privação, melhor o resultado”, explica Orozimbo.

Quando a cirurgia acontece na fase pré-lingual, antes dos 3 anos, as chances de bons resultados são muito grandes. Nos casos que adquiriram a perda auditiva após o desenvolvimento de linguagem (pós-lingual), os resultados são sempre mais rápidos, porque o paciente já falava, já tinha a linguagem desenvolvida. Crianças com mais de 4 anos e surdas de nascença terão mais dificuldades de comunicação, pois será necessário desenvolver a fala e a audição - daí a necessidade de intervir o mais cedo possível.


Em adultos com períodos longos de privação, o processo é semelhante. Muitas vezes, a memória da linguagem oral está distante e a comunicação fica comprometida. Os resultados são inversamente proporcionais ao tempo que o paciente ficou sem ouvir.


Complicações


As possíveis complicações da cirurgia são as de intervenções otológicas usuais: paralisia do nervo facial, infecções locais, surgimento de zumbido, surgimento de tontura, redução total ou parcial dos restos auditivos existentes no ouvido implantado. Dr. Orozimbo ressalta que tais complicações não são comuns. “Não houve caso de paralisia de nervo facial na sua casuística. Em relação ao zumbido, em alguns casos, ele deixou de ocorrer com a operação”.


A lista dessas possíveis complicações vem de ocorrências registradas, mesmo que isoladamente, no mundo inteiro.


Custos


O componente interno e externo do implante coclear custa entre US$ 15 mil e US$ 18 mil. Para se realizar o implante é necessário uma estrutura hospitalar segura, com custos que variam de hospital para hospital. “É até uma questão ética as operadoras de seguro saúde cobrirem os implantes cocleares”, constata Orozimbo. Existem casos de pacientes que conseguiram que o seguro pagasse o dispositivo do implante, a cirurgia, ou pelo menos parte dela.


Pelo SUS, o implante coclear é realizado no Centrinho (Bauru/SP), Hospital das Clínicas (São Paulo/SP), Hospital São Paulo da UNIFESP (São Paulo/SP), Santa Casa de São Paulo/SP, Hospital da Unicamp (Campinas/SP), Hospital da USP (Ribeirão Preto/SP), Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Porto Alegre/RS) e Hospital do Coração-Otocentro em Natal-RN, e em um futuro próximo, Hospital Gafree e Guinle (RJ) Hospital Clementino Fraga (RJ) e Hospital da Lagoa (RJ).



“A complexidade do processo é que torna necessário um grupo bem treinado e que saiba exatamente o que é o implante”
Dr. Orozimbo


1. OTORRINOLARINGOLOGISTAS - RESPONSÁVEIS PELA INDICAÇÃO REALIZAÇÃO DA CIRURGIA E COORDENAÇÃO DA EQUIPE.

2. RADIOLOGISTA – O DIAGNÓSTICO POR IMAGEM É FUNDAMENTAL, ENVOLVE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA, TOMOGRAFIA. ESTE PROFISSIONAL DEVE SABER EXATAMENTE O QUE VAI REGISTRAR.

3. PEDIATRIA E NEURO PEDIATRIA, IMPORTANTÍSSIMOS NO ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS.

4. GENETICISTA – 40% DOS CASOS DE SURDEZ TEM ORIGEM GENÉTICA. A FAMÍLIA E O APCIENTE PRECISAM SER INFORMADOS SOBRE ISSO.
5. ASSISTENTE SOCIAL – TRABALHA COM OS CRITÉRIOS DE SELEÇÃO E ATENDE NECESSIDADES DO PACIENTE, O QUE VARIA DE ACORDO COM A REGIÃO DO PAÍS.

6. PSICÓLOGOS – FUNDAMENTAIS PARA DAR SUPORTE ÀS FAMÍLIAS E PACIENTES DURANTE TODO O PROCESSO - DESDE A OPÇÃO PELO IMPLANTE ATÉ A ADAPTAÇÃO À NOVA REALIDADE. TODOS OS PACIENTES DEVEM TER O APOIO DE UM PSICÓLOGO.

7. FONOAUDIÓLOGOS – AVALIAÇÃO DA AUDIÇÃO - ATIVAÇÃO PÓS- OPERATÓRIA DOS ELETRODOS – FONOTERAPIA PARA ADAPTAÇÃO AO IMPLANTE E AJUSTES NA ATIVAÇÃO QUE SE FIZEREM NECESSÁRIOS. 


FONTE: http://www.saudeauditiva.org.br/novo_site/index.php?s=implante_coclear.php


























Barulho põe em risco a audição de milhões de brasileiros




Furadeiras, britadeiras, buzinas, entre outros itens muito comuns no cotidiano, aliados a falta de conhecimento das normas do trabalho, da consulta ao médico ocupacional e ao otorrinolaringologista, e o descaso com equipamentos de segurança estão entre as principais causas da surdez ocupacional, um dos mais graves problemas ocasionados em ambientes de trabalho no Brasil. A perda auditiva induzida por ruído (PAIR), decorrente da exposição prolongada a elevados níveis de pressão sonora, é a mais comum entre os trabalhadores concentrados nas áreas da construção civil, indústrias e no trânsito, com os consequentes barulhos dos motores de ônibus e caminhões, buzinas e o conjunto de ruídos das grandes cidades. Silenciosa no início e com consequências “barulhentas” em longo prazo, a perda auditiva não ganha a mesma atenção que os acidentes de trabalho, mas o que muita gente não sabe é que este problema pode levar a quedas, falta de concentração e outras adversidades.

O otorrinolaringologista Daniel Okada, que atua na área de medicina ocupacional e participa da Campanha Nacional da Saúde Auditiva (www.saudeauditiva.org.br), da Sociedade Brasileira de Otologia, alerta sobre os problemas que a exposição a ruídos no trabalho pode trazer à saúde. “Além de causar perda auditiva, pode acarretar outros problemas como zumbido, dificuldade de concentração, alterações do sono e perda da capacidade produtiva”, diz Okada. O médico alerta também sobre os problemas no organismo, que são ainda mais graves. “O ruído pode causar aceleração da frequência cardíaca e respiratória, alteração da pressão arterial, dilatação das pupilas, aumento do tônus muscular e estresse”, explica. A correta utilização dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individuais) como plugs intra-auriculares ou tipo concha são uma das melhores formas de amenizar a intensidade do barulho no trabalho. Mas, prevenir a PAIR e o barulho excessivo são possíveis com iniciativas e interação entre empregador, trabalhador e profissionais através das seguintes ações:
 
O ruído não está presente apenas no ambiente de trabalho. Ele está nas ruas, bares, boates e até mesmo invisível, com o aumento do número de pessoas que utilizam fones de ouvido com celulares, iPods e outros aparelhos eletrônicos em meio ao já insuportável barulho das grandes cidades. Cuidar da audição no trabalho, no cotidiano, e alertar amigos e familiares é preciso. Caso contrário, a PAIR e muitos outros males que não deveriam nem mesmo existir continuarão a afetar e contagiar pessoas. Por muito tempo.


Empregador:
implantar, em sua empresa, Programas de Conservação da Audição (PCA), que fazem o gerenciamento audiométrico, controlam a exposição e protegem o trabalhador individual e coletivamente. Os programas educam e instruem periodicamente todos os envolvidos, desde o trabalhador até o diretor-presidente e monitoram anualmente o desempenho de todas as etapas do próprio programa.

Trabalhador:
cumprir rigorosamente todas as normas de segurança; evitar a exposição extra-ocupacional (o ruído social ou uma segunda ocupação), pois as exposições se somam; participar ativamente da implementação do PCA, com colaboração direta, críticas e sugestões; cuidar da própria saúde, evitando outras afecções que prejudiquem sua audição ou que o torne mais predisposto aos efeitos do ruído; colaborar e apoiar colegas de trabalho que já sejam portadores de alguma perda auditiva, no desempenho de suas funções.

Profissionais que atuam na empresa:
reivindicar a implantação do PCA, cumprir todas as etapas dos programas de conservação; atualizar-se periodicamente no conhecimento do problema e das implicações normativas e legais; atuar com ética e isenção, em suas ações dentro dos programas, em sadia convivência com outros profissionais envolvidos. Fonte: Dr. Everardo Andrade da Costa, Membro da ABORL-CCF e Professor Colaborador da Disciplina de ORL da FCM/UNICAMP.

Normas melhoraram relação médica no trabalho


A relação entre medicina do trabalho e Otorrinolaringologia em prol da assistência ao trabalhador melhorou após a implantação das Normas Regulamentadoras NR7 e NR9 do Ministério do Trabalho, que permitiram o diagnóstico precoce e medidas de prevenção. “Estamos vivendo um bom momento no controle da perda auditiva ocupacional, dispomos de informação e de legislação suficientes para administrar com competência os programas de conservação de audição disponíveis. Se alguma perda auditiva ocupacional ocorrer, certamente houve alguma falha na execução do programa”, diz o otorrinolaringologista Everardo Andrade, da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial). Para ele, a maior dificuldade de regulamentação ocorre com as empresas de pequeno porte, que não disponibilizam recursos para executar os programas. De difícil controle, o ruído social, que se soma ao ocupacional, é o problema a ser resolvido, principalmente nos grandes centros urbanos. “O grande problema, hoje, é com o ruído social, que afeta não só os trabalhadores, mas toda a sociedade”, diz.


Mais sobre a PAIR:


- Manifesta-se predominantemente nas frequências de 6, 4 e 3 kHz, e, com agravamento da lesão, estende-se às frequências de 8, 2, 1, 0,5 e 0,25 kHz, as quais levam mais tempo para serem comprometidas;


- Trata-se de uma doença predominantemente coclear, na qual o portador da PAIR relacionada ao trabalho pode apresentar intolerância sons intensos, zumbidos, além de ter comprometida a inteligibilidade da fala, em prejuízo do processo de comunicação;


- A PAIR relacionada ao trabalho é, principalmente, influenciada por ruídos, tempo de exposição e suscetibilidade individual;


- A PAIR relacionada ao trabalho não torna o ouvido mais sensível a futuras exposições;


- A PAIR relacionada ao trabalho pode ser agravada pela exposição simultânea a outros agentes, como por exemplo produtos químicos e vibrações;


- A PAIR relacionada ao trabalho é uma doença passível de prevenção e pode acarretar ao trabalhador alterações funcionais e psicossociais capazes de comprometer sua qualidade de vida.

FONTE: http://www.saudeauditiva.org.br

terça-feira, 8 de maio de 2012

PESSOAS COM ALZHEIMER MEMORIZAM MELHOR MENSAGENS CANTADAS

Um novo estudo realizado pela Universidade de Boston, nos EUA, mostra que pacientes estão mais aptos a lembrar de uma informação verbal quando esta foi passada por meio da música.

Para a pesquisa, grupos de pacientes com Alzheimer e de controle foram submetidos a testes. Mensagens foram passadas com acompanhamento musical completo, junto com letras na tela do computador de 40 canções. Para estabelecer uma diferença, 20 letras tiveram acompanhamento da música cantada e 20 foram acompanhadas de suas gravações faladas.

As palavras cantadas foram mais familiares para o grupo de pessoas com Alzheimer, mais do que no grupo de controle com pessoas mais velhas e saudáveis.

Os resultados indicam uma diferença na forma de codificação e resposta a estímulos musicais em pacientes com demência.

“O processamento musical envolve uma complexa rede neural que é recrutada em diferentes regiões do cérebro, afetadas em níveis mais baixos do que outras áreas tipicamente associadas à memória em pacientes com Alzheimer”

explica Brandon Ally, professor assistente de neurologia e diretor do centro de neuropsicologia da Escola de Medicina da Universidade de Boston.

“Assim, estímulos acompanhados por música e uma gravação cantada podem criar uma associação mais robusta do que a codificação de estímulos acompanhada apenas por uma gravação de fala”.



sexta-feira, 4 de maio de 2012

O que é Paralisia Cerebral?

A paralisia cerebral recebe, em geral, o conceito de enfermidade caracterizada por um conjunto de perturbações motoras e sensoriais, resultantes de um defeito ou lesão não-evolutiva do tecido nervoso contido dentro de caixa craniana que pode ocorrer, antes, durante ou após o parto, até os oito anos de idade.

O termo paralisia cerebral é muito discutido em relação a sua terminologia, como diz o conceito da patologia, o que ocorre no encéfalo é uma lesão ou defeito que não evolui, por tanto não há a “paralisia do SNC”, o que existe é uma lesão permanente e estável que compromete o desenvolvimento global do portador, o que envolve alterações na postura, tônus e movimento; contudo o termo mais apropriado para esse quadro é encefalopatia crônica não progressiva da infância.
        
Quais as causas?

Diversas são as causas de lesões do SNC, desde a concepção até a primeira infância (antes, durante e após o nascimento até aproximadamente o oitavo ano de vida), fatores nocivos internos ou externos são capazes de provocar danos no encéfalo. As etiologias pré, peri e pós-natais mais comuns são respectivamente:
v     Diabetes e rubéola materna, irradiação, anormalidades cromossômicas.
v     Anóxia, prematuridade, hipermaturidade, icterícia.
v     Doenças infecciosas, distúrbios vasculares, traumas, tumores.
        
Como é classificada?
A classificação das lesões encefálicas dá-se quanto ao tipo de envolvimento neuromuscular, quanto aos membros atingidos (paraplegia, triplegia, quadriplegia, hemiplegia, monoplegia) e quanto ao grau de comprometimento motor ou incapacidade (leve, moderado e severo). Os tipos mais frequentes com envolvimento neuromuscular são:
v     Espástico - comprometimento do sistema piramidal caracterizado por hiperreflexia, espasticidade e hipertonia, correspondendo 40 a 75% dos casos.
v     Atetóide – comprometimento do sistema extrapiramidal caracterizado por presença de movimentos involuntários patológicos (atetose) e tônus muscular variado, correspondendo 20 a 30% dos casos.
v     Atáxico – comprometimento do cerebelo e vias cerebelares com transtornos do equilíbrio, hipotonia muscular e falta de coordenação de movimentos voluntários, correspondendo a 10% dos casos.
v     Misto – associação de diferentes tipos, sendo o mais comum o misto espástico-atetóide, porém as características de um tipo se sobressai ao outro.

         Em um desenvolvimento motor normal, há uma maturação gradual do controle postural e presença de reflexos que com o amadurecimento global do organismo serão atenuados ou extintos. Uma criança com uma encefalopatia severa apresentará uma desordem em seu desenvolvimento, atingindo o tônus muscular, a postura e os movimentos e manterá presente reflexos agora considerados patológicos devido a persistência em relação à idade da criança.

         As lesões encefálicas, por comprometerem a junção neuromuscular, causam alterações nos órgãos fonoarticulatórios bem como anormalidades na morfologia dos mesmos, sendo a intervenção fonoaudiológica necessária para auxiliar um desempenho melhorado do Sistema Estomatognático possibilitando ao portador dessa enfermidade uma qualidade de vida otimizada.


Texto elaborado pela Fga. Gerlane Karla B. O. Nascimento

quinta-feira, 3 de maio de 2012

QUANDO PROCURAR UM FONOAUDIÓLOGO?

A comunicação humana, objeto do trabalho fonoaudiológico, é, por definição, a expressão e recepção de idéias e sentimentos. Envolve, portanto, muitos aspectos da vida das pessoas. Uma boa comunicação favorece desde trocas de idéias entre amigos e familiares até grandes transações empresariais.

Através de procedimentos especializados, o fonoaudiólogo trabalha com o indivíduo em aspectos como voz, fala, escrita, linguagem e audição levando-o ao seu melhor desempenho comunicativo, o que é fundamental para o sucesso em várias áreas.

Com frequência as pessoas associam a fonoaudiologia a dificuldades de comunicação, mas é importante lembrar que esse é apenas um segmento do trabalho.

Existe uma atuação fonoaudiológica com crianças, adolescentes e adultos, que busca solucionar problemas de comunicação, entre eles dificuldades de fala, como trocas, ausências, acréscimos ou distorções de letras e gagueira.
A atuação do fonoaudiólogo ocorre também na linguagem escrita, na qual diagnostica e trabalha com alterações como substituições de letras, dificuldades em redigir frases ou textos, falhas de decodificação, compreensão e interpretação de leitura, dentre outras.

O trabalho abrange também problemas de audição ou percepção dos sons de fala, atualmente diagnosticada através dos exames de processamento auditivo.

É importante ressaltar, contudo, que o fonoaudiólogo tem uma importante atuação no aprimoramento da comunicação. Mesmo pessoas que não possuem as alterações citadas acima podem procurar atendimento para melhorar o seu desempenho comunicativo, o que agrega valor aos relacionamentos interpessoais e reverte positivamente em qualidade de vida.

As áreas de atuação da fonoaudiologia no trabalho com a comunicação são:

Fala – pronúncia, velocidade, fluência, aprimoramento e trabalho com dificuldades como trocas de sons, gagueira, etc.

Linguagem – aquisição e desenvolvimento em aspectos como sons, estruturação de frases e textos falados e escritos, trabalho com a gramática, o vocabulário e os textos mais apropriados aos diferentes usos e situações

Voz - higiene e prevenção vocal, utilização adequada da voz como ferramenta de transmissão da mensagem pretendida, trabalho com alterações como rouquidão, nódulos (calos) vocais e outras alterações orgânicas e/ou devidas a mau uso da voz.

Audição – acuidade e percepção auditiva de sons, principalmente os de fala. Trabalho com a recepção e percepção auditiva das mensagens, atuação junto a pessoas com deficiências ou dificuldades do processamento auditivo.

Musculatura orofacial - trabalho com a musculatura oral e facial nos aspectos estéticos e funcionais, através de atuação específica na respiração, sucção, mastigação e deglutição.

É importante ressaltar a contribuição da fonoaudiologia junto a outras áreas profissionais como professores, dentistas, neurologistas, otorrinolaringologistas, pediatras, psicólogos, dentre outros.

(Por Tânia Bello)

Fonte: http://www.igeduca.com.br/artigos/saude-total/quando-procurar-um-fonoaudiologo.html

O Que é Disfagia?

"A disfagia é uma alteração na deglutição, ou seja, no ato de engolir alimentos ou saliva. Pode ocorrer em diferentes fases da vida, especialmente em idosos, podendo trazer sérias consequências à saúde".

Na disfagia ocorre um desvio do alimento ou da saliva, obstruindo parcialmente ou completamente as vias respiratórias. Esse  desvio pode ser facilitado também pelo envelhecimento natural das estruturas envolvidas na deglutição (lábios, língua, bochechas, etc.).

Além do envelhecimento das estruturas o acidente vascular encefálico (derrame), o traumatismo craniano, as doenças neurológicas (como Parkinson e Alzheimer), as distrofias musculares e o câncer de cabeça e pescoço podem causar a disfagia.

Pode ainda surgir devido a próteses dentárias mal adaptadas, refluxo gastroesofágico grave e após longos períodos de entubação. É  necessário o entendimento de que a disfagia, além de provocar problemas emocionais e o isolamento social, causa problemas sérios, como desidratação, destruição e pneumonia, além do risco de morte por asfixia.O envelhecimento não ocorre igualmente em todo ser humano. Alguns apresentam maiores dificuldades neste processo. Contudo, com o avançar da idade, todos necessitam de atenção e cuidados específicos para que isso ocorra de forma saudável.

Envelhecer não é adoecer. É fundamental oferecer orientações aos idosos, às suas famílias e à sociedade como um todos sobre os cuidados que esta fase da vida requer. Todos precisam aprender a envelhecer com saúde, com qualidade de vida. Buscando essa qualidade, a alimentação é um ponto a ser acompanhado de perto.

Mais do que uma necessidade, alimentar-se é também um ato de socialização, que une pessoas, da amamentação aos jantares de negócios ou às reuniões em família, isso sem falar na satisfação do prazer de comer.

São sensações que não precisam ficar apenas na lembranças do idoso. Com algumas dicas, é  possível continuar a alimentação de forma adequada, reconhecer alterações neste processo e procurar o tratamento adequado.

O que fazer ao perceber sintomas de Disfagia?
As alterações da deglutição devem ser diagnosticadas e tratadas conjuntamente por médicos, enfermeiros, nutricionistas e, fundamentalmente, fonoaudiólogos, que são os profissionais aptos ao trabalho específico da função.

Atenção: a disfagia não é uma doença por si só, mas um sintoma de que alguma alteração pode estar ocorrendo, sendo imprescindíveis a orientação e o tratamento adequados.

Orientação:

Durante a alimentação:
  • Mantenha a postura ereta e confortável, nunca coma deitado, salvo em caso de orientações específicas.
  • Coma sem pressa.
  • Mantenha a prótese dentárias bem adaptada.
  • Caso necessário, coma alimentos mais pastosos e tome líquidos mais grossos, pois o engasgo com alimento líquido é o mais frequente.
Fonte: Ministério da Saúde /Conselho de Fonoaudiologia.

Comemoração do Dia Internacional da Síndrome de Down na FUNAD (21/03/2012)


Curiosidade: O Dia Internacional da Síndrome de Down foi proposto pela Down Syndrome International como o dia 21 de Março, porque esta data se escreve como 21/3 (ou 3-21), o que faz alusão à trissomia do cromossomo 21.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Efeitos da asma no estado nutricional em crianças: Revisão sistemática

Artigo completo: http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/1697/169715639008.pdf

Verificação da força de mordida e da atividade elétrica dos músculos masseteres durante a mastigação em laringectomizados totais

Gerlane Karla Bezerra Oliveira Nascimento
Fonoaudióloga
Mestre em Patologia Humana pela UFPE
Leilane Maria de Lima
Fonoaudióloga
Especializanda em Motricidade Orofacial com Enfoque em Disfagia da Funeso/PE
Cristina Batista da Silva Rodrigues
Fonoaudióloga
Renata Andrade da Cunha
Fisioterapeuta
Daniele Andrade da Cunha
Fonoaudióloga
Doutora em Nutrição
Pesquisadora Institucional da Faculdade Estácio do Recife/PE
Hilton Justino da Silva
Fonoaudiólogo
Professor Doutor do Curso de Fonoaudiologia da UFPE



Resumo
 
O objetivo deste estudo é verificar os valores de força de mordida e o percentual de atividade elétrica dos músculos masseteres em voluntários submetidos à laringectomia total. A amostra foi composta por quinze laringectomizados totais do gênero masculino com idade média de 64 anos. A força de mordida foi mensurada com o auxílio de célula de carga; a aquisição da atividade elétrica dos masseteres foi alcançada através de exame eletromiográfico durante a mastigação habitual. A correlação entre a força de mordida do lado direito e esquerdo e as atividades elétricas foi igual a 0,207 (p = 0,459) e 0,362 (p = 0,185), respectivamente. Correlações entre os valores de atividade elétrica dos masseteres e a força de mordida não foram evidenciadas.


Palavras-chave: laringectomia; força de mordida; eletromiografia.


Artigo completo: http://revista.aborj.org.br/index.php/rbo/article/viewFile/299/249





 

Aeração nasal em crianças asmáticas

Daniele Andrade da Cunha (1), Hilton Justino da Silva (2), Klyvia Juliana Rocha de Moraes (3), Renata Andrade da Cunha (4), Renata Milena Freire Lima Régis (5), Elthon Gomes Fernandes da Silva (6), Gerlane Karla Bezerra Oliveira Nascimento (7), Gutemberg Moura de Andrade (8), Silvia Regina Arruda de Moraes (9), Célia Maria Machado Barbosa de Castro (10)

RESUMO

Objetivo: identificar a presença de sinais de alterações na expiração de crianças asmáticas. Método: este estudo foi realizado com 30 crianças com idades entre 6 e 10 anos de ambos os sexos com diagnóstico clínico de asma confirmado pelo prontuário médico e 30 crianças não asmáticas também de ambos os sexos na mesma faixa etária. Foi avaliada a aeração nasal com o espelho milimetrado de Altmann, sendo mensurado o escape de ar nasal objetivando a verificação da saída uni ou bilateral do ar e a relação de simetria entre a narina direita e a esquerda. As imagens foram importadas para o computador por meio do scanner HP da série Scanjet 2400. A análise foi realizada no software Scion Image for Windows (Alpha 4.0.3.2). Para análise das variáveis quantitativas entre grupos foi aplicado o teste t-student e para a análise intragrupos foi aplicado o teste t-Student pareado.Todas as conclusões foram tomadas ao nível de significância de 5%, sendo usados o Excel 2000 e o SPSS v8.0, para as análises. Resultados: não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre as crianças asmáticas e não-ásmáticas, acerca das mensurações quanto à área total e quanto às áreas das narinas direita e esquerda. Conclusão: não foi identificada a presença de sinais de alterações na expiração de crianças asmáticas, desta forma, faz-se necessário um estudo mais específico das funções nasal e pulmonar.

DESCRITORES: Asma; Criança; Obstrução Nasal; Expiração


 

História da Fonoaudiologia

Para falar sobre o surgimento da Fonoaudiologia no Brasil é importante destacar em que área situa-se o início do histórico (Didier, 2001). Isto porque os autores que estudaram a origem da Fonoaudiologia no Brasil têm indicado, de modo geral, que diferentes contextos políticos e lingüísticos influenciaram o início da prática fonoaudiológica em diferentes regiões do país (Berberian, 1997, 1998; Didier, 2001).
De modo diferente, no Nordeste (décadas de 20 e 30), os primórdios da Fonoaudiologia estão relacionados a questões políticas não partidárias, ligadas à educação e saúde das classes desfavorecidas economicamente, partindo, especificamente, do fracasso na alfabetização destas classes. Naquele momento, existia o preconceito da incapacidade para a aprendizagem decorrente das condições deficitárias de vida. O interesse pelo estudo dessa população levou ao conhecimento de que boa parte dela apresentava problemas de linguagem. Assim, alfabetizadores (das escolas públicas) e profissionais da área médica, preocupados com essa questão, procuravam conhecer as causas dos problemas de linguagem, as quais, na maioria das vezes, estavam relacionadas a aspectos orgânicos ou ao preconceito quanto à capacidade para aprender a ler e escrever. A identificação dos referidos aspectos foi ponto de partida para a definição e delineamento de técnicas de reabilitação para a primeira causa - primórdios da Fonoaudiologia Clínica e de realfabetização para a segunda causa - primórdios da Fonoaudiologia Escolar.
Nas décadas de 40, 50 e 60, várias instituições, a maioria de caráter educacional, possuíam serviços de reeducação de linguagem, como por exemplo, o Instituto Domingos Sávio (destinado ao trabalho educacional com crianças surdas) e as escolas especiais da Associação de Pais e Amigos do Excepcional - APAE, Instituto Pestallozzi, Escola Ulisses Pernambucano, além do Serviço de Educação Especial da Secretaria Estadual de Educação de Pernambuco. Nesse período, os profissionais que estavam envolvidos com estes problemas, receberam diferentes denominações: "realfabetizadores", "reeducadores" de linguagem e "logopedistas". A denominação "fonoaudiólogo" só viria a ser utilizada na proximidade da implantação do curso de Fonoaudiologia.
Em 1976, foi aprovado pelo Conselho Federal de Educação o 1º Currículo Mínimo para o Curso de Fonoaudiologia. O profissional formado por este currículo valorizava o tecnicismo, buscando, assim, a reabilitação das manifestações patológicas da linguagem.
Durante a década de 70 e início dos anos 80, em todo o Brasil, os cursos de Fonoaudiologia formavam tecnólogos e tinham uma duração de 2 anos e 6 meses, com carga horária de 1.800 horas/aula. Por força da Lei de nº 6.965, de 09 de dezembro de 1981, a profissão de fonoaudiólogo foi regulamentada e reconhecida em todo o território nacional. Por essa razão, o dia 09 de dezembro foi instituído o "Dia do Fonoaudiólogo".
Além de regulamentar a profissão, com a Lei, foram criados os Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia, tendo como principais finalidades normatizar e fiscalizar o exercício profissional. As atividades do Conselho Federal de Fonoaudiologia tiveram início em 1983. Em 15/09/84, pela Resolução CFFa N° 010/84, foi aprovado o primeiro Código de Ética da profissão, que elencava os direitos, deveres e responsabilidades do Fonoaudiólogo, inerentes às diversas relações estabelecidas em função de sua atividade profissional (Adaptação da Declaração de Genebra 1948, Conselho Federal de Fonoaudiologia).
Em uma resolução posterior (06/83), o Conselho Federal de Educação transforma todos os cursos de formação de Tecnólogos em "Cursos de Graduação Plena em Fonoaudiologia", equivalente ao Bacharelado, exigindo, com isso, uma reformulação curricular em todos os cursos existentes.
Este novo Currículo Mínimo, contudo, ainda mantinha uma forte influência do tecnicismo, herança das décadas passadas. Para que fosse possível acompanhar o avanço científico e tecnológico que ocorria na área, esse currículo passou a sofrer, paulatinamente, algumas modificações, na tentativa de acompanhar o ritmo evolutivo da ciência, além de minimizar a influência do tecnicismo. Iniciou-se, então, uma ampla discussão em torno do currículo do curso, abrindo caminhos para se questionar um novo rumo para a Fonoaudiologia enquanto ciência.
No início da década de noventa, a necessidade de revisão dos currículos para a formação do fonoaudiólogo passou a ser alvo de fortes discussões, diante das exigências de uma sociedade cada vez mais pluralista. Ainda no final dessa década, em 1998, o MEC, através de uma comissão de especialistas na área, inicia a elaboração das novas Diretrizes Curriculares para os cursos de Fonoaudiologia, objetivando atender às grandes mudanças e aos avanços dessa ciência.
Em 2002, o Conselho Nacional de Educação aprovou as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação da Área de Saúde, que incluía o Curso de Fonoaudiologia. Essas Diretrizes preocupam-se, essencialmente, em garantir uma sólida formação básica, preparando o futuro graduado para enfrentar os desafios das rápidas transformações da sociedade, do mercado de trabalho e das condições atuais de exercício profissional.

Fonte:
Conselho Regional de Fonoaudiologia - 4ª Região
http://www.crefono4.org.br/