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sexta-feira, 4 de maio de 2012

O que é Paralisia Cerebral?

A paralisia cerebral recebe, em geral, o conceito de enfermidade caracterizada por um conjunto de perturbações motoras e sensoriais, resultantes de um defeito ou lesão não-evolutiva do tecido nervoso contido dentro de caixa craniana que pode ocorrer, antes, durante ou após o parto, até os oito anos de idade.

O termo paralisia cerebral é muito discutido em relação a sua terminologia, como diz o conceito da patologia, o que ocorre no encéfalo é uma lesão ou defeito que não evolui, por tanto não há a “paralisia do SNC”, o que existe é uma lesão permanente e estável que compromete o desenvolvimento global do portador, o que envolve alterações na postura, tônus e movimento; contudo o termo mais apropriado para esse quadro é encefalopatia crônica não progressiva da infância.
        
Quais as causas?

Diversas são as causas de lesões do SNC, desde a concepção até a primeira infância (antes, durante e após o nascimento até aproximadamente o oitavo ano de vida), fatores nocivos internos ou externos são capazes de provocar danos no encéfalo. As etiologias pré, peri e pós-natais mais comuns são respectivamente:
v     Diabetes e rubéola materna, irradiação, anormalidades cromossômicas.
v     Anóxia, prematuridade, hipermaturidade, icterícia.
v     Doenças infecciosas, distúrbios vasculares, traumas, tumores.
        
Como é classificada?
A classificação das lesões encefálicas dá-se quanto ao tipo de envolvimento neuromuscular, quanto aos membros atingidos (paraplegia, triplegia, quadriplegia, hemiplegia, monoplegia) e quanto ao grau de comprometimento motor ou incapacidade (leve, moderado e severo). Os tipos mais frequentes com envolvimento neuromuscular são:
v     Espástico - comprometimento do sistema piramidal caracterizado por hiperreflexia, espasticidade e hipertonia, correspondendo 40 a 75% dos casos.
v     Atetóide – comprometimento do sistema extrapiramidal caracterizado por presença de movimentos involuntários patológicos (atetose) e tônus muscular variado, correspondendo 20 a 30% dos casos.
v     Atáxico – comprometimento do cerebelo e vias cerebelares com transtornos do equilíbrio, hipotonia muscular e falta de coordenação de movimentos voluntários, correspondendo a 10% dos casos.
v     Misto – associação de diferentes tipos, sendo o mais comum o misto espástico-atetóide, porém as características de um tipo se sobressai ao outro.

         Em um desenvolvimento motor normal, há uma maturação gradual do controle postural e presença de reflexos que com o amadurecimento global do organismo serão atenuados ou extintos. Uma criança com uma encefalopatia severa apresentará uma desordem em seu desenvolvimento, atingindo o tônus muscular, a postura e os movimentos e manterá presente reflexos agora considerados patológicos devido a persistência em relação à idade da criança.

         As lesões encefálicas, por comprometerem a junção neuromuscular, causam alterações nos órgãos fonoarticulatórios bem como anormalidades na morfologia dos mesmos, sendo a intervenção fonoaudiológica necessária para auxiliar um desempenho melhorado do Sistema Estomatognático possibilitando ao portador dessa enfermidade uma qualidade de vida otimizada.


Texto elaborado pela Fga. Gerlane Karla B. O. Nascimento

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